sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Bonecas Negras Makenas

Em novembro fiz uma oficina de bonecas na Ação Educativa com a arte educadora Lúcia Rocha, antes da confecção das bonecas ela contou um pouco sobre sua atuação como educadora na construção de uma imagem mais positiva na população afro-descendente.

Explicou que Makena significa 'a feliz', no Quênia.

As bonecas que fiz.

Quando cheguei em casa mudei os olhos colados por pintados, ficando assim.

terça-feira, 27 de novembro de 2007

Editorial de Moda

A oficina de construção da Imagem de Moda teve o encerramento com a produção individual de um editorial de moda. Como tema para este trabalho escolhi a brasilidade, as cores e sabores do Brasil.
Havia comprado tecidos com estampa de frutas e flores, tudo muito colorido e cheio de sabores. A idéia era fazer roupas, como fiz. Mas o toque especial foi a construção de imagem de moda, que vai além da roupa, é todo um contexto, um enredo. Desta forma apresento a coleção que preparei para o verão 2007/2008.

As cores e sabores do Brasil.





sábado, 24 de novembro de 2007

Encontro entre os Deuses Yourubá e a Moda

Depois de 14 encontros os resultados da Oficina de Moda Afro - Os Deuses na Passarela - será mostrado.

Como já havia explicado a Oficina de Moda Afro tem como proposta a organização de um desfile, no qual o grupo apresentará suas criações. Serão representados os 16 Orixás cultuados no Brasil:

Exú

Ogun

Oxóssi

Ossaím

Obaluaye

Xangô

Oya

Obá

Ewa

Oxum

Logun-Edé

Nanã

Yemanjá

Oxalá


Quando: DIA 29 DE NOVEMBRO - QUINTA FEIRA - às 20:00

Onde: Oficina Cultural Oswald de Andrade

Rua Três Rios, 363 - Bom Retiro


quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Carmem Miranda




Já fazia algum tempo que estava com vontade de fazer sacolas para feira e mercado. A idéia surgiu a partir da necessidade de redução dos resíduos sólido, principalmente das tais sacolinhas plásticas que são fornecidas pelos mercados.


A minha inspiração para a primeira sacola foi a 'Musa' Carmem Miranda, pois parte da coleção 2007/2008 foi produzida a partir da cores e sabores barsileiro.


Em breve farei novas sacolas, mas agora com fotos de frutas e vegetais que fiz na feira da Santa Cecília.... também terei uma sacola dentro da coleção recicla Jeans, que trará a reprodução de uma pintura do artista Carybé - Cambomblé, que durante muitos anos retratou a Bahia.... e Sacolas em lona estampada, com um lindo colorido tropical.

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Tecidos Africanos e Paisagens Corporais

No último sábado de outubro fiz um oficina na Ação Educativa: África – Milenares Paisagens para o corpo, coordenada por Luciane Ramos (Luli), com acompanhamento musical da Troupe Percussiva do Ballet Afro Koteban.

A proposta da oficina foi “utilizar as linguagens do corpo como ferramenta principal de interação, tomando contato com o universo cultural Mandingue (costa ocidental africana) elucidando algumas de suas riquezas históricas e artísticas. Tudo conduzido pela dança e pulsar dos ritmos”.

Luli levou alguns tecidos (forrou o chão com eles). Ela realiza uma pesquisa sobre a relação dos tecidos africanos com seu local de fabricação (tecidos africanos fabricados na Índia ou China). O argumento é que são africanos por possuir padronagem africana, tem identidade com o povo africano e são fabricados para o consumo africano. Por exemplo aqui no Brasil, não encontramos esse tipo de tecido, com cores e padronagem. Talvez único trabalho que exista (no Brasil) seja de Goya Lopes , em Salvador.

Explicou de forma muito interessante a ocupação do território africano, desde das antigas etnias, passando pela colonização que provoca uma nova configuração do território. França, Inglaterra e Portugal criam fronteiras colonizadores que desrespeitam a organização social e política dos povos africanos.

Falou sobre a sabedoria africana, que a metalurgia nasce (em Oyó) com os africanos, como também muitas formas arquitetônicas (Dogon), a tecelagem com padrões estampados a partir de molde vazado. Também comentou sobre a tradição oral desenvolvida pelos Djelis/Griots que são os narradores de grandes feitos heróicos dos antepassados.

A música é a totalidade da organização cinética – mãos, ombros, cabeças. Um movimento que vai além do mecânico – tocar. Esse tocar é sentir, sentir com o corpo. Então esse sentir aproxima-se muito da dança que também é sentir pelo corpo. Sentir o pulsar das batidas e o corpo responder. Na África o corpo é partido, tudo se movimenta de forma diferente. Na dança Ocidental o corpo é um todo que se movimenta como uma única peça. Está aqui a diferença nos movimento, no sentir , no dançar.

A dança é atitude corporal, basta observar o gesticular dos orixás; como também é contexto, ações do cotidiano: casamentos, circuncisão, iniciação, colheitas. Para cada coisa um ritmo: Yan Kadl – Sussu – sedução; Soko – malintê- purificação; Kassa – colheita; Soli – Sudão- circunsição; Djeli-do – griots.

Na África existem os Balés nacionais, fundados a partir da década de 1970 na busca de valorizar a cultura africana: Les Ballets Africains, no Senegal e a Companhia Nacional de Canto e Dança de Moçambique.

Depois de tudo isso Luli colocou o grupo para dançar....